Prefeitos realizarão vigília permanente em Brasília
Semanalmente, todas as terças-feiras, cerca de 500 prefeitos de todos os estados do país estarão em Brasília para uma mobilização e vigília permanentes no Congresso Nacional, visando a defesa da pauta municipalista e articulação dos interesses dos municípios brasileiros. A proposta defendida e apresentada pelo presidente da Federação Catarinense de Municípios - FECAM, Hugo Lembeck, foi aprovada na terça-feira (25) no encontro de prefeitos promovido pela Confederação Nacional de Municípios, no auditório Petrônio Portela do Senado Federal.
"É importante darmos esse apoio à CNM em Brasília para defender os interesses dos municípios. Com esse rodízio, cada prefeito teria que estar em Brasília a cada dois meses e meio, o que fica bastante razoável para todos", afirmou Lembeck, que participou hoje da mesa principal dos trabalhos da mobilização da CNM, na capital federal.O encontro contou com uma comitiva de cerca de 40 prefeitos de Santa Catarina. Além da proposta da vigília, Lembeck entregou ofício ao presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, com as deliberações feitas pelos prefeitos membros do Conselho Executivo da FECAM, reunidos no último dia 06 de março, na sede da entidade. "Estamos apresentando e buscamos o apoio e engajamento da CNM e das entidades estaduais de municípios para as propostas da FECAM".
No documento, a FECAM apoia o aumento de 2% no Fundo de Participação dos Municípios - FPM, reivindicado pela CNM, desde que seja feito de forma imediata. Paralelamente, após três anos deste ganho, reivindica que o movimento municipalista obtenha êxito na participação dos municípios em 10% sobre a arrecadação dos impostos e contribuições não partilhados. Essa proposta, de iniciativa da FECAM, já tramita na Comissão de Participação Legislativa, da Câmara dos Deputados como a PEC da sugestão nº SUG 85/2013 CLP, e determina o acréscimo do inciso III, ao artigo 159, da Constituição Federal de 1988, dispondo sobre a destinação aos municípios de 10% incidentes sobre a arrecadação do Imposto sobre Importação, do Imposto sobre Operações Financeiras - IOF, Imposto sobre Grandes Fortunas, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, previstos nos artigos 149, 153 incisos I, V, VII, seguindo as mesmas regras de transferências previstas para o FPM.
Por último, a FECAM reivindica que no máximo em 10 anos aconteça a revisão da Constituição de 1988, estabelecendo-se o reequilíbrio do pacto federativo com a readequação do modelo de partilhas sobre a arrecadação total das receitas tributárias em 45% à União, 25% aos Estados e 30% aos Municípios.
fonte: Assessoria de Comunicação
Federação Catarinense de Municípios - FECAM